É conhecida a afeição pelos cães de largos milhares de figueirenses.
Faço parte desse lote. São bichos capazes de ter sentimentos nobres como reconhecimento e lealdade...
Sensível a isso, em 2017, ano de autárquicas, ao fim de 8 anos, os sacos voltaram aos dispensadores dos dejectos animais!..
Durante este tempo os dispensadores dos dejectos animais estiveram ao abandono...
Mas a máquina de agitação e propaganda socialista local, com vista a conquistar os donos do melhor amigo do humano, nomeadamente o seu voto, em outubro próximo futuro, não descura nenhum pormenor e voltou a colocar sacos nos dispensadores dos dejectos animais...
"Figueira com rumo!..."! Mas só em ano eleitoral...
Na política, tal como numa campanha publicitária, por exemplo, a um shampoo para a caspa de cães, vale tudo mesmo arrancar os olhos...
A verdade é uma coisa inútil...
Aliás, com verdade, tanto na política, como na publicidade, o comércio era impossível...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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