Passos, para sobreviver, sabe que necessita, como nunca, de se robustecer.
2017, vai ser um ano decisivo para a sua liderança.
A oposição que tem feito à "geringonça", tem sido fraquinha e pouco assertiva – tirando, em parte, a sua acção no processo da CGD.
Ao ir contra o que defendeu no passado, Passos, como político, desperdiça um dos activos que qualquer candidato a 1º. primeiro-ministro não pode perder - a responsabilidade.
Contudo, para quem seguiu o debate com António Costa, esta tarde, deu conta que, por outro lado, conseguiu causar danos na "geringonça".
Eu, por exemplo, dei conta que Passos tornou visíveis as debilidades que a solução encontrada por António Costa para governar tem.
Se isso é suficiente para o relegitimar dentro do partido, não sei, mas não me custa admitir que possa ter recuperado terreno e ganho alguns pontos.
Talvez por isso tenha incomodado alguns sociais-democratas - nomeadamente o actual guru do comentário político "independente", de seu nome Marques Mendes - que se mostraram violentamente indignados com a atitude do líder.
Julgavam-no pronto para crematótio, mas Passos mostrou-lhes que está vivo.
Com isso estragou o arranjinho a Marcelo, que segundo consta está furioso, pois Passos baralhou a estabilidade de que tanto precisa.
Por outro lado, Costa percebeu que pode ficar isolado... O seu governo, que parecia coeso e estável, mostra ser um governo de minoria.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Na minha opinião o Pinochet de Massamá não ganhou nada, nem nunca mais irá ganhar alguma coisa.
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