A decrepitude das sociedades, foi um tema que Federico Fellini tratou magistralmente nos seus filmes.
Ver (ou rever...) as fitas que realizou, que continuam actualíssimas, deveria ser obrigatório para os decisores políticos figueirenses...
Assim, perceberiam que o rei vai nu há vários anos na nossa cidade, onde a decrepitude foi destruindo ao longo dos anos uma beleza que existiu.
Perceberiam também que a decrepitude pode levar levar à insanidade e ainda que a decrepitude pode atingir a qualquer um...
Infelizmente, não ligaram aos filmes de Federico Fellini, desperdiçando assim, ingloriamente, a possibilidade de aprender algo com o Mestre!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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