"É sabido que está na natureza de Pedro Santana Lopes ser um potencial candidato a todo o tipo de vagas que apareçam, desde que os cargos o remunerem devidamente. Se vai haver uma vaga no Sporting o Santana é candidato, se vai abrir uma vaga em Belém Santana é candidato, se a Santa Casa precisa de provedor Santana está disponível, se a liderança do PSD está a cair Santana ajuda a fazer cair e oferece-se para o penoso cargo.
O problema é que quando estão em cargos públicos há o problema dos dois pássaros a voar e Santana começa a fazer jogo duplo. Quando tomou posse de Provedor Santana fez constar que se ia dedicar ao cargo, mas parece que já se esqueceu e depois de o seu nome aparecer para a CML, surge para a liderança do PSD.
Se Santana é mesmo candidato a despachar Passos Coelho o mínimo que se lhe exige para que não seja mais um coxo na liderança do seu partido é que se demita da Santa Casa."
Em tempo.
"Já disse várias vezes: tenham em atenção Marques Mendes e Santana Lopes. Em vez de olharem para o campeonato regional, olhem para a primeira liga, onde têm Pedro Santana Lopes, que já começou a olhar para o tema, e Marques Mendes, que acho que será coagido por alguém a olhar para o tema".
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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