De harmonia com o que li no jornal AS Beiras de ontem, "o prazo da licença para obras no Edifício O Trabalho caducou. Aliás, já caducaram todos os prazos a que o proprietário do imóvel, a seguradora Açoreana, recorreu."
Sendo assim, "o prédio vai continuar devoluto, em pleno Bairro Novo, uma das zonas mais concorridas da Figueira da Foz".
A vereadora Ana Carvalho adiantou ao jornal As Beiras que “a câmara ainda não tomou uma decisão”, mas vai “tentar pressionar o proprietário” a realizar obras. A via da tomada de posse administrativa do edifício, para a autarquia se substituir ao proprietário, “levanta dúvidas legais, por tratar-se de um imóvel legal”, ressalvou, além de também representar custos elevados para o município. Em caso de posse administrativa, o proprietário fica com a dívida ao município, relativa às obras realizadas, que depois seria executada.
No entanto, ressalvou Ana Carvalho, trata-se de um processo complexo e que por enquanto não se justifica. Entretanto, o dono tem feito reparações, “para não pôr em risco pessoas e bens”. Assim, elucidou a vereadora, “não há sustentabilidade técnica que afirme que o edifício é um risco público”.
Demolição, requalificação e reparação: são estas as alternativas à actual degradação.
João Ataíde, presidente da câmara, na reunião da vereação da passada segunda-feira, informou que prefere a demolição e anunciou a realização uma vistoria ao edifício.
O autarca respondia a um munícipe, que levou o assunto à sessão, e à oposição, que também interpelou o executivo sobre o tema.
Nota de rodapé.
Mais do mesmo.
Estou como o António Tavares, vereador executivo há sete anos, 7, em 11 de março de 2014 no jornal AS BEIRAS:
"... não consigo perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Estamos lixados.
Por um lado, este (citando Miguel Almeida) é "um Edifício que é um Trabalho"!
Por outro lado, a Figueira é mesmo uma cidade que não se leva a sério...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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