Hoje, no Diário de Notícias, pode ler-se que Santana Lopes, "antigo líder do PSD quer ficar na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e deixou o partido descalço na capital."
Na notícia hoje publicada no DN, pode ler-se ainda que Santana Lopes tornou pública a decisão de não avançar para a Câmara de Lisboa numa entrevista que sairá na edição de amanhã do Expresso!
"Não serei candidato à Câmara de Lisboa".
Mas, de harmonia com a notícia que temos estado a citar, "foi na quarta-feira que a terá comunicado a Passos Coelho e ontem ao presidente da concelhia de Lisboa do PSD, Mauro Xavier, ao líder da distrital Miguel Pinto Luz, e ao coordenador autárquico do PSD, Carlos Carreiras."
Tudo isto não passa do espectáculo em torno de Santana Lopes.
Neste País, todos sabiam, incluindo eu, pelo menos, desde 18.07.2016, que Pedro Santana Lopes não pretendia ser candidato à Câmara Municipal de Lisboa nas próximas eleições autárquicas de 2017.
Na altura, em declarações ao Expresso, "Santana Lopes referiu que não pretendia condicionar a estratégia do PSD e acrescentou que o dossiê está bem entregue a Pedro Passos Coelho. O ex-presidente dos sociais democratas considera que os convites merecem uma profunda reflexão, mas que nem sempre são compatíveis com os tempos mediáticos e da política."
Portanto, Santana Lopes não ser candidato à Câmara de Lisboa, neste momento, não é notícia.
Notícia, seria o contrário: ele ser candidato.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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