Esta imagem, ainda não é realidade (...se calhar, porém, nos dias que se vão seguir, até poderá vir a ser...), mas tem o sortilégio de nos fazer viajar até ao sonho...
Por sinal, uma das poucas realidades interessantes!..
"Pelo sonho é que vamos, comovidos e mudos", escreveu um dia Sebastião da Gama.
O sonho pode levar-nos a sítios maravilhosos, locais esses, que por serem maravilhosos, nos podem fazer sonhar
O sonho, que é uma parte da realidade, é sempre uma outra realidade, tal como a história, quando é só contada uma parte, é uma outra história.
Mas, não a realidade dos factos.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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