Uma Homenagem Esquecida...
"Com toda a pompa e circunstância que o momento exigia, bombeiros e entidades estiveram presentes numa manhã quente de sábado (28/05/2011), onde de forma orgulhosa fizeram guarda de honra ao descerramento da placa toponímica, que foi erguida no centro da referida rotunda. Seguidamente, Bombeiros Municipais e Voluntários fizeram um desfile motorizado, em conjunto, pelas ruas da cidade, deixando assim vincado a importância do dia.
À data desta inauguração, e na presença de Duarte Caldeira e Fernando Curto (presidente da Liga de Bombeiros Portugueses e Presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais respectivamente), João Ataíde, edil figueirense prometeu publicamente, que ali seria erigido um elemento escultórico, “logo que fosse (financeiramente) possível”, de forma a dar expressão física e condigna à homenagem.
Sabemos que os tempos são de crise. E sabemos que a Câmara Municipal da Figueira da Foz tem feito um esforço financeiro brutal.
Mas, ainda assim, passaram quase cinco anos..."
Luís Gaspar
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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