Ao ver a primeira página do jornal Público, edição de hoje, interroguei-me sobre o que o autor nos quis transmitir com ela.
A imagem contem sempre uma mensagem.
Esta, confirma-me a ideia que tenho do personagem, que me interessa mais que a sua imagem.
A ideia teima em permanecer. A imagem está a tornar-se mais e mais difusa com o andar dos tempos!..
A ideia exige compreensão. Esta imagem é apenas uma imagem, logo algo irreal...
Olho e vejo decrepitude e decadência. Vejo um político sem ideias e em ruína, já sem serventia, a percorrer um caminho íngreme.
Enfim, um político próximo de ser desactivado, já rodeado apenas de políticos infestantes!
Quem andou a praticar jornalismo na província há 35 anos, sabe que uma das maiores dificuldades com que então se defrontava era a escassez de imagens.
Os jornais eram então, sobretudo, uma enorme mancha de texto.
Quem duvidar disto, compare um jornal de então com os jornais de hoje.
Há 35 anos os jornais pecavam pela quase ausência de fotos.
E agora, não estarão, por vezes, a pecar pelo excesso de apelo à imagem?..
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Passos Coelho a subir para a nave Apollo 24 a caminho do infinito e mais além ....
Ridículo!
http://www.tsf.pt/opiniao/interior/o-meu-nome-e-passospassos-perdido-5429086.html
O meu nome é Passos...Passos perdido
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