terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mostrar sensibilidade pela Igualdade, é uma obrigação. Ser solidário deveria ser um dever para os políticos. Infelizmente na Figueira, parece que a Igualdade vive para o faz de conta...

Quando, há cerca de dois anos e meio, me endereçou o convite e posterior nomeação (aprovada por unanimidade) para Conselheiro Local para a Igualdade (CLI) senti um orgulho enorme e um dever de responsabilidade para com todo o município. Senti que o trabalho iria ser longo e moroso, mas que os resultados iriam começar a aparecer. E começaram, um dos exemplos é a comemoração do Dia Municipal para a Igualdade (24 de Outubro) ter sido aprovado em reunião de Câmara, por nossa iniciativa.
No entanto a continuada falta de comunicação entre o município e os CLI's leva-me a escrever-lhe estas linhas: o município marca reuniões para a criação do Plano Municipal para a Igualdade sem nos consultar (sabendo que desempenhamos um cargo não remunerado e, necessariamente tem de ser articulado com as nossas profissões), decide festejar o Dia Municipal para a Igualdade sem nos consultar, nem perguntar se temos algum tipo de iniciativa. Pior, candidata-se a um prémio (Viver em Igualdade) promovido pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) sem sequer nos dar conta do mesmo, nem nos perguntar quais as iniciativas que fomos desenvolvendo, para tentar ganhar o mesmo.
Sinto, muito sinceramente, que foram ultrapassados todos os limites do que deve ser considerada a boa vivência institucional e assim, não me resta outra solução senão apresentar, por este meio, a minha demissão do cargo supra citado.
Espero, que esta tomada de posição da minha parte sirva de alerta e, futuramente, não se repitam os erros de acima citei e que a Igualdade deixe de ser uma utopia badalada para debitar frases feitas, mas passe a ser uma realidade que sirva de estandarte a este concelho.
Os meus mais sinceros cumprimentos

Diogo Serôdio

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