António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 4 de setembro de 2016
Morreu Maria Isabel Barreno, uma das "Três Marias"
....vale a pena conhecer «a sua biografia breve».
Maria Isabel Barreno nasceu em Lisboa, em 1939. Vive quase 35 anos na ditadura, numa sociedade repressora que condicionava a mulher, negando-lhe direitos básicos de realização e de afirmação enquanto ser humano. Militante da causa feminina, envolve-se em movimentos de “libertação” da mulher. Em 1972, com Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, inicia a aventura de “Novas Cartas Portuguesas”, obra proibida pelo regime, que vai ser o epicentro de um escândalo nacional e internacional conhecido como “o caso das três Marias”.
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1 comentário:
Lamento.
Mais uma lutadora e clarividente mulher que desaparece.
Fica o exemplo.
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