PS, PSD e CDS/PP, a nível do poder central, são os partidos que, após a democracia, implementaram essa prática que é conhecida por "jobs for the boys"...
Em 1995, António Guterres, acabado de tomar posse como primeiro-ministro, prometia que ia acabar com os "jobs for the boys", ou seja, que a utilização dos dinheiros públicos ia deixar de obedecer a critérios partidários. Mais de 20 anos depois, um estudo, cuja análise começa em 1995, revela precisamente que as nomeações para os lugares, nas administração pública nacional e local, são influenciadas pelos partidos políticos.
Muitos de nós recordamos o que se passou nos 12 de anos de poder PSD, na Figueira, no que à colocação de “boys” disse respeito.
Apeado que foi o PSD do "pote" camarário, cheguei a admitir que as coisas melhorassem com o presidente Ataíde e que viesse a ser adoptada uma prática mais transparente.
Porém, tive sempre as minhas dúvidas sobre essa possibilidade, porque imagino o poder e as exigências da máquina partidária e do "amiguimismo".
Também aqui, este executivo perdeu uma boa oportunidade de iniciar uma nova prática e demonstrar que vinha para implementar critérios diferentes.
Como os exemplos, que podem ser conferidos na totalidade aqui e aqui, demonstram, é mais do mesmo...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
E o ecrã do euro que custou 15 MIL EUROS!!!
Cidade rica.
Agostinho e os nomes a quem os ajustes directos foram adjudicados? Não sabes, ou nao queres dizer para nao ter chatices?
Isto não é um pasquim (daqueles que se vendem bem...) que apele aos sentimentos mais baixos das pessoas, que apele àquela curiosidade mórbida que repudiamos nos outros quando nos toca por perto, mas que achamos normal em nós quando a notícia incide sobre os outros!
É precisa uma boa dose de capacidade crítica para mudarmos estas atitudes.
Mas, já que tem essa curiosidade mórbida e dado que não é segredo nenhum, aconselho-o a ler a notícia com mais atenção, pois está lá tudo, incluindo os nomes...
Mas, se mesmo assim não conseguir lá chegar - e a culpa é totalmente sua... - ficam os links que lhe vão permitir satisfazer a sua coscuvilhice:
http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/213132
http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/213068
Enviar um comentário