António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Durão está a receber a reforma antecipada de Bruxelas desde 1 de abril.
E está muito bem ! Merece e muito pelo excelente trabalho político que realizou.
Enquanto 1º Ministro de Portugal conduziu o país a um patamar de notabilidade e reconhecimento internacional, que lhe permitiu ser um dos predestinados a antecipar que a guerra do Iraque seria a opção correcta para salvaguardar a civilização ocidental. Estar ao lado dos outros três (brilhantes) estadistas e ter oferecido os Açores para tão decisiva cimeira, só nos deve honrar.
A sua escolha para chefiar a União Europeia foi feita numa base democrática, livre e amplamente participada, de todos os europeus. Aliás, o facto de ter sido reconduzido, através de uma votação maciça, só vem reconhecer a popularidade e o trabalho de Durão Barroso.
A sua permanente e intransigente política de defesa e protecção dos interesses dos cidadãos europeus, através da aprovação de directivas que visaram proteger e promover os cidadãos mais desfavorecidos, através de políticas de promoção da educação e cultura, através de um esforço constante de equilíbrio entre os países do Norte e do Sul da Europa, entre tantas outras iniciativas, foram e são um motivo de orgulho e respeito por tão notável Homem e político.
Ao conseguir fazer frente às tentativas hegemónicas da Alemanha e dos seus aliados finlandeses, recentrou o debate e equilíbrio Norte/Sul, base de uma Europa democrática e livre.
Não podemos esquecer a incansável, louvável e profícua actividade na promoção e valorização do papel do Parlamento Europeu, enquanto órgão democraticamente eleito e representativo da vontade dos cidadãos. Sempre se recusou a favorecer ou alinhar com posições que visavam dar mais poder aos comissários europeus, considerando que a sua atitude burocrática, era um empecilho na construção da Europa dos cidadãos.
Na política externa, conduziu e implementou um ambiente de paz e cordialidade entre os países que rodeiam o Mediterrâneo, numa visão de futuro e no assegurar de um intercâmbio comercial, cultural e civilizacional, na boa tradição humanista dos homens do Renascimento.
Muitas outras actividades, acções, atitudes aqui poderia enunciar, mas de tão discreto e nobre político, os factos falam por si.
Como eu gosto do 1 de Abril!
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