terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pessoas que vivem com uma deficiência, são a maior minoria... E se ao longo da vida não tivermos outra deficiência, todos temos a possibilidade de chegar a velho... Que o mesmo é dizer: na Figueira, é capaz de ser pior que morrer...



Pergunta do jornalista: 
Como é ser atleta cego na Figueira da Foz, sem infraestruturas de atletismo? 
Resposta de Carlos Cordeiro: 
A minha vida de atleta é muito complicada, porque temos de gostar mesmo daquilo que temos e focarmo-nos em vencer. Não temos infraestruturas adequadas para que possamos treinar mais afincadamente e de forma mais profissional. Quando fui campeão da Europa em atletismo e medalha de bronze na Polónia, o meu treino foi todo na praia: lançamento do peso, salto em comprimento… As corridas eram feitas no passeio. Foi assim que me preparei.
Outra pergunta do jornalista: 
Não há comendas para os atletas com deficiência?
Resposta do entrevistado:
Nunca as “vi”. Quando conquistamos medalhas no estrangeiro, temos direito a um prémio em dinheiro da Secretaria de Estado do Desporto: ainda estou à espera do meu [relativo à medalha de bronze conquistada na Polónia]. Como eu, há muitos outros atletas deficientes que, se calhar, ainda não receberam esse prémio.
E e terminar esta citação (o bom mesmo seria ouvirem o vídeo acima) ainda outra pergunta do jornalista:
Sente a falta de semáforos com sinais sonoros na cidade?
Sem comentários, fica a resposta de Carlos Cordeiro:
Não temos, mas fazem muita falta. Há [muitas] barreiras arquitetónicas na Figueira da Foz.

Via Figueira TV e AS BEIRAS

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