domingo, 28 de agosto de 2016

Para quê a critica construtiva?.. Os ignorantes não lhe darão atenção...

"Serra da Boa Viagem", uma crónica com a assinatura de João Vaz, ontem publicada no jornal AS BEIRAS, onde fica demonstrado como nas pequenas voltinhas do dia a dia nos podemos surpreender com coisas que estão à vista, mas que quem tem a obrigação de o fazer nunca repara! 


"Dezenas de famílias aproveitaram o sábado solarengo para um “picnic” na serra. Os parques de merendas mais próximos da estrada, e mais centrais, estavam cheios. Conseguimos lugar num local mais afastado.
Surpresa: o sítio das merendas estava limpo. Contentores para o lixo não havia. Informação, também não. Cuidados a ter: perigo de incêndio. Nada sobre o assunto.
Nota-se trabalho florestal, árvores cortadas, reduzindo as “infestantes“ (acácias). Os caminhos estão arranjados, permitindo o acesso à mata e descobertas bizarras. Uma torre de betão, com data de 1926, coberta de trepadeiras e fungos, sem indicação da “história”. Um enigma. Logo a seguir, uma vedação delimita uma pequena “gruta” que esconde algum veio de água. Informação? Nada.
Esta lacuna, a falta de informação, persiste no site da Câmara da Figueira da Foz. A descrição da serra é tecnocrática: “A rede viária tem 26,57 quilómetros de estradas”, repetindo-se a expressão “rico património natural”, mas sem conteúdo. Através do site, não sabemos o mais importante: nada é dito sobre flora e fauna; percursos, rotas, cuidados a ter, etc.
Quem escreveu o texto parece que nunca visitou a Serra da Boa Viagem, ou só passou de carro, foi à Bandeira e voltou. Se queremos informação sobre o património natural, temos os artigos do biólogo Horst Engels, que trabalhou este assunto, durante anos, sem qualquer apoio. A Serra da Boa Viagem merece mais atenção por parte do município."

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