sábado, 13 de agosto de 2016

Os guardas-florestais da nossa memória (II)

A imagem abaixo, mostra uma postagem publicada no dia 9 de março de 2007 e recorda "os guarda-florestais da memória dos covagalenses".
Para ver melhor, clicar aqui.















Nada acontece por acaso: a situação de calamidade em que Portugal se encontra, é a consequência natural de uma politica errada seguida ao longo de décadas. Os sucessivos Governos do PS e do PSD/CDS demoliram estruturas, muitas vezes centenárias, que tratavam da floresta e do território e apostaram todos os recursos no combate aos incêndios...

Com o país arder, onde estão os serviços florestais? Ah, é verdade, foram extintos!
O que está escrito acima é o título de um artigo de opinião publicado no passado dia 10 do corrente no jornal Público. O seu autor é FERNANDO SANTOS PESSOA . Dado o seu interesse passo a citar algumas partes. Para ler na íntegra, basta clicar aqui

"O curto prazo é muitas vezes mais importante que uma decisão sábia de longo termo. E os fogos são exemplo disso.
A extinção dos Serviços Florestais levada a cabo pelo Governo PSD/CDS não levantou qualquer reacção pública; o afastamento entre os cidadãos e a res publica, desejado e promovido pelas derivas liberais daqueles partidos, conduziu ao encolher de ombros da maior parte das pessoas.
Os Serviços Florestais, no entanto, eram um organismo que vinha desde o séc. XIX, e não há país nenhum no mundo, com uma grande área florestal, que não possua o seu Serviço Florestal, muitas vezes até transformado em ícone da Administração Publica.
Já antes, num governo socialista, tinha começado o desaire – a extinção do Corpo de Guardas Florestais, com a passagem do pessoal para a GNR. Foi uma medida gravosa que, tanto quanto me lembro, passou ao lado da opinião pública e ninguém com estatuto público relevante debateu o assunto.
Os guardas florestais e em especial os velhos Mestres Florestais, eram depositários de sabedoria e de bom senso que hoje em dia seriam tão preciosos; eles não eram meros polícias para serem pura e simplesmente incorporados na GNR – eram agentes da defesa e da protecção das matas, vigiavam o estado de limpeza, obrigavam os proprietários a procederem a limpezas, e por isso não deveriam receber ordens de qualquer tenente ou sargento da GNR, sem desprimor para estes, é claro, mas precisavam de ser enquadrados pelos engenheiros florestais que com eles formavam uma cadeia de conhecimentos e de atitudes de intervenção no território.
Esta sabedoria dos velhos Mestres, perdeu-se e mais uma vez devemos ser o único país do mundo com florestas que não tem um Corpo específico de Guardas Florestais, e essa medida insere-se no pensamento liberal que desde o “socialismo liberal” até hoje tem vindo a dominar a vida pública."

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