Foto via Portugal a Cores |
O "Pátio das Galinhas", assim foi baptizado pela população figueirenses, era um espaço que servia como de ponto de encontro onde as elites da Figueira, na altura, se encontravam para cavaquear.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Foto via Portugal a Cores |
3 comentários:
Um lugar mítico.
Recordo a primeira vez que lá entrei pela mão do meu imponente avô.
Mão de trabalho,luta e orgulho.
Mão que queria mostrar aos netos que "havia outros mundos".
Uma mão a quem nunca conseguirem agradecer o suficiente.
Adorei conhecer mais um pouco da minha cidade que me dê orgulho
Lembro-me bem do Pátio das Galinhas. Lanchei lá algumas vezes. O nome estava muito bem posto. O barulho das pessoas, principalmente das mulheres, era semelhante a galinhas.
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