quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Alguns cronistas figueirenses merecem ser divulgados

"Recentrar a cidade", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, ontem publicada aqui.


"O esvaziamento dos centros urbanos, particularmente dos centros históricos, está ligado, na maioria das vezes, às disfuncionalidades do mercado de arrendamento e ao paradigma da casa própria (outrora facilitada pelo acesso ao crédito), em detrimento da reabilitação urbana.

A Figueira da Foz também não escapou a esta tendência, observando-se assim a desertificação do seu centro histórico, transformando indelevelmente o quotidiano da cidade.

Assiste-se ao definhar do comércio local e à animação de rua que este proporciona, com a inconsequente transferência de ofertas comerciais, associadas a novos comportamentos de procura, que se situam agora nas zonas limítrofes da cidade em perímetros periurbanos. A cidade perdeu a sua centralidade e desenvolveu-se para estes novos espaços num formato tipo “mancha de óleo”.


Este crescimento tornou-a numa cidade grande e dispersa e, enquanto cidade, com características estivais. Também a política de expansão urbana, por parte dos especuladores imobiliários, criou zonas de habitação de segunda residência, que fora do período estival permanecem desabitadas! Há que reflectir sobre as diferentes opções e as escolhas de políticas feitas ao longo dos últimos 40 anos! Há que conhecer a história local. Sem o conhecimento do passado, jamais se pode projectar o seu futuro!"

Nota de rodapé.
Um das consequências da Figueira ter sido governada, quase sempre, por turistas nas últimas dezenas de anos, pode ser vista à vista desarmada por qualquer habitante do nosso concelho, mesmo o mais desatento, ou desinteressado...
Desde Aguiar, passando por Santana, Duarte Silva e agora Ataíde, estiveram cá, olharam muito, mas não viram praticamente nada da essência da cidade e do concelho...

2 comentários:

A Arte de Furtar disse...

A nota de rodapé vale por mil posts(é assim que se escreve?).
Desgovernados por turistas,e gostamos...

Anónimo disse...

Nos quase oito anos que tem como Autarca o que já fez para inverter a situação??? Tanto como os restantes Autarcas, ou seja, nada.