... e as pessoas gostam de imitar a televisão.
Hoje, por exemplo, é dia de "horas e horas de reportagens em directo e relambórios patrioteiros."
Caberia aos media, em especial aos pagos com o dinheiro de todos nós, colocar o futebol no seu lugar - um jogo, um hobby, um negócio, uma rede de interesses secretos que deve ser fiscalizada e não um projecto nacional, nem uma actividade estratégica para um Povo ou um País.
Caberia aos media, em especial aos pagos com o dinheiro de todos nós, ajudar a devolver, ao desporto o que é do desporto, à cultura o que é da cultura e, muito especialmente, à cidadania o que é cidadania.
Nota de rodapé.
Que pena que eu tenho de não ter sido futebolista.
O futebolista, é o único profissional que só começa a trabalhar depois de reformado.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Que saudades que tenho dos antigos JORNALISTAS de A Bola!
Verdadeira escola de bem escrever.
Hoje todos debitam vulgaridades, lugares comuns, frases mal construídas, um futebolês intragável.
Não perco um minuto com esses pseudo debates.
A overdose futebolística é mesmo dose!!!
Só falta transmitirem o campeonato de futsal da Geórgia...
E como perguntava um amigo,em jeito de piada: Qual é o dia de estreia da Austrália no Euro 2016?
Enviar um comentário