segunda-feira, 20 de junho de 2016

Miguel: estou contigo... Viva o espírito de Abril...

"Participar é preciso",
 uma crónica de Miguel Almeida...
"Os mandatos autárquicos não devem depender apenas daquilo que os eleitos fazem no exercício dos seus cargos, nem do trabalho dos funcionários das autarquias. Todos os cidadãos em geral desempenham um papel fundamental no quotidiano da gestão concelhia, nomeadamente através da denúncia de situações que carecem de intervenção das Juntas de Freguesia ou da Câmara Municipal. Os cidadãos têm o direito e a possibilidade de exporem as suas preocupações e reclamações, mas também os seus elogios, aos órgãos autárquicos, tanto através da participação nas reuniões públicas dos respectivos órgãos, como por escrito, junto dos serviços. Não basta a crítica fácil em conversa de café e depois esperar que outros façam o papel que cabe a cada um de nós. A Figueira, que é um exemplo a nível nacional pela participação de tantas mulheres e homens na vida associativa, carece de uma maior cooperação entre eleitos e eleitores. Falta capacidade reivindicativa aos figueirenses e, vontade de ouvir a quem gere os destinos do concelho. A participação cívica, que aqui reclamo, nada tem haver com actividade política e por isso deverá estar despida de qualquer preconceito Ideológico, apenas de uma genuína vontade de poder ajudar a traçar os destinos do concelho. As sociedades modernas constroem-se na partilha de opiniões e agregando vontades em que ninguém se deve sentir a mais ou com receio que a sua participação seja mal interpretada pelo poder vigente."

Nota de rodapé.
Infelizmente, vivemos numa cidade onde, quando os cidadãos, utilizando um direito do País de Abril, pretendem participar de viva voz, quem de direito, certamente por uma mera e infeliz coincidência - está ausente.

Sei do que falo.
Um cidadão para usar da palavra numa sessão de câmara ou de assembleia municipal tem de inscrever-se previamente.
Portanto, como explicar a ausência, tanto do presidente da câmara, dr. João Ataíde, como do vereador do pelouro da saúde na CMFF, e vice-presidente dr. António Tavares, no passado 29 de Abril na sessão da Assembleia Municipal realizada nesse dia?

A cidadania precisa de cidadãos livres e responsáveis políticos credíveis.
O tempo das negociatas e do amiguismo "porreiro" já deveria ter terminado, há muito, na Figueira.
Os Aguiares, os Santanas,  os "galantes" perdão, os Duarte Silvas, não deveriam ter lugar na construção de um futuro que se quer de esperança para a Figueira.
Se quisermos, podemos construí-lo a partir deste presente esperançoso.
Bastava que quiséssemos...

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