segunda-feira, 20 de junho de 2016

Delitos de opinião

Obras de Verão em Buarcos
"As obras atrasaram. Apesar das promessas da Câmara Municipal da Figueira da Foz as acessibilidades às praias, Buarcos e Figueira da Foz, não estão operacionais.
Há ainda muitas dúvidas quanto à qualidade e funcionalidade dos arranjos. 
Elementos fixos ao nível da areia sujeitos a serem elementos submersos pela areia? Tábuas de madeira nos passadiços ? 
Sobressai ainda a falta de organização na obra, estando espalhados materiais e lixo um pouco por todo o lado. Sinalização das obras ? Não é visível. Tábuas com pregos não faltam." 
João Vaz, Consultor - Ambiente e Sustentabilidade, via blogue O Ambiente na Figueira da Foz

Nota de rodapé.
Lidar mal com a crítica é um dos traços que demonstram o subdesenvolvimento cultural do concelho em que vivemos.
É banal, para quem ousa emitir opinião independente, isenta e objectiva, ser acusado, pelos que gravitam em redor do poder político,  de não fazer crítica construtiva. 
Isto é, aquela crítica que se dissolve em paleio que não incomoda o Poder, nem os poderosos - a chamada crítica de água-chirla, que é de todo inútil
E, no entanto, se há concelho que tem tradição em fazer "balas de papel", como dizia Aquilino, é o nosso.
Não é preciso recuar aos tempos de José Silva Ribeiro, no jornal a "A VOZ DA JUSTIÇA", para encontrar quem sabia  esgrimir com as palavras a zurzir com acerto e com justiça  no poder.
Mais recentemente, recordo José Martins, no "BARCA NOVA" e António Tavares no "LINHA DO OESTE".
O desconhecimento desse jornalismo, de primeira água, que já existiu na Figueira é uma falha grave, sobretudo num país que banalizou o recurso aos tribunais para o desagravo da polémica. 
Na Figueira, também os poderes sempre amaram, acima de todas as coisas, meter na ordem os perigosos delitos de opinião

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