quinta-feira, 19 de maio de 2016

No fim do mandato é preciso material para incluir no folheto de propaganda para a campanha do próximo mandato...

Rui Curado da Silva, esta quinta-feira, assina mais uma oportuna crónica nas BEIRAS, a que dá o sugestivo título de "Desconstruções na areia".

Passo a citar:
"O Grupo de Trabalho para os Sedimentos, constituído em abril de 2015 pelo Secretário de Estado do Ambiente, publicou o seu relatório final a 30 de setembro de 2015, onde se pode ler na secção dedicada à Barra da Figueira o seguinte:
«Num contexto de incerteza sobre os impactos resultantes do desassoreamento da praia da Figueira da Foz, nomeadamente sobre o litoral de Buarcos, e do seu potencial como mancha de empréstimo, recomenda-se que o areal daquela praia não seja objecto de ocupações com carácter fixo e permanente».
Claramente, a ciclovia e as estruturas que começaram a ser implementadas pela autarquia na praia no âmbito do projecto de requalificação do areal, não respeitam esta recomendação.
O mandato deste executivo caminha para o fim e a pressão para apresentar a “obra do mandato” é inexorável. Já vimos este filme na Figueira, já experimentámos esse clima frenesim pela “obra feita”, uma paixão pelo betão que causou estragos permanentes.
Porque é que a obra do mandato não pode ser de outra índole?
Porque é que a obra do mandato não poderia ser deixar uma faixa costeira mais segura para as gerações vindouras?
Porque é que não poderia ser encontrar uma solução eficiente para combater a erosão costeira na margem sul?
Porque é que não poderia ser implementar uma solução equilibrada para o areal da margem norte e devolver a baía a Buarcos?"

Nota de rodapé.
Boas perguntas...
Mas, a cartilha é sempre a mesma. Apesar da possibilidade de se endividarem ter minguado, a malta continua a endividar-se para fazer a tal "obra do mandato"...
Quem vier a seguir que se desenrasque.
É preciso é "obrar" para o boneco. 
No fim do mandato é preciso material para incluir no folheto de propaganda para a campanha que há-de conduzir a mais um mandato.
Propaganda é o que mais preocupa os "nossos" autarcas. 
Portanto, João Ataíde, leve quem levar na sua lista,  vai, muito provavelmente, ganhar de novo as eleições. A máquina está muito bem montada e oleada...
E ai de quem mijar fora do penico... 

2 comentários:

Anónimo disse...

Respostas:
a) Porque não
b) Porque não
c) Porque não
d) Porque a memória da baía pertencia ao século anterior e hoje o conceito de baía já não se estuda na Escola.

A Arte de Furtar disse...

Não conhecia o documento citado. A parte referente à praia é ilucidativa.
Viva o cimento!