"Equipamentos públicos", uma crónica do Engº. Daniel Santos
"Um dos dramas do urbanismo é o facto da decisão de edificar afectar o território e os habitantes de forma irreversível durante gerações, razão pela qual deve ser tomada de forma ponderada.
Esta conclusão é válida para a construção privada e, por maioria de razão, quando se trata de construir novos equipamentos públicos, levando em conta as projecções demográficas, as necessidades das populações ou, como como diz a lei de bases da política pública de solos, ordenamento e do urbanismo, assegurando a igualdade de oportunidades dos cidadãos.
A falta de visão estratégica, no que à distribuição territorial dos equipamentos de saúde concelhios respeita, foi a responsável pelos recentes episódios ocorridos com os postos de saúde de São Pedro e Marinha das Ondas, cujo desenvolvimento deixa vários problemas por resolver.
O Plano Estratégico de 2014 refere: “… o aumento da população idosa, apresentado pelo concelho em 2011, reflecte a necessidade de definir políticas activas, nomeadamente na área social, com principal enfoque para o grupo da população idosa.
A perda de mobilidade e a diminuição aos espaços do quotidiano tornam esta população mais vulnerável, na medida em que o isolamento promove a diminuição do contacto social, para além da perda de acesso a um conjunto de serviços fundamentais (com particular atenção para os serviços de saúde)”.
Identificado o problema, qual o caminho a seguir?"
Nota de rodapé.
É sempre tempo para pormos em causa o que até aqui fizemos.
É sempre tempo para fazer o balanço.
É sempre tempo de ponderar, para perceber como chegámos aqui.
É sempre tempo de arrependimentos.
É sempre tempo de olhar a vida de frente...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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