terça-feira, 3 de maio de 2016

Assumir, defender e escrever sobre a verdade, mesmo na Figueira, é difícil e é perigoso...

"Participar é preciso", uma crónica do vereador Somos Figueira, Miguel Almeida.
"Todos os cidadãos em geral desempenham um papel fundamental no quotidiano da gestão concelhia, nomeadamente através da denúncia de situações que carecem de intervenção das Juntas de Freguesia ou da Câmara Municipal.
Os cidadãos têm o direito e a possibilidade de exporem as suas preocupações e reclamações, mas também os seus elogios, aos órgãos autárquicos, tanto através da participação nas reuniões públicas dos respectivos órgãos, como por escrito, junto dos serviços. Não basta a crítica fácil em conversa de café e depois esperar que outros façam o papel que cabe a cada um de nós.
A Figueira, que é um exemplo a nível nacional pela participação de tantas mulheres e homens na vida associativa, carece de uma maior cooperação entre eleitos e eleitores. Falta capacidade reivindicativa aos figueirenses e, vontade de ouvir a quem gere os destinos do concelho.
A participação cívica, que aqui reclamo, nada tem a ver com actividade política e por isso deverá estar despida de qualquer preconceito Ideológico, apenas de uma genuína vontade de poder ajudar a traçar os destinos do concelho.
As sociedades modernas constroem-se na partilha de opiniões e agregando vontades em que ninguém se deve sentir a mais ou com receio que a sua participação seja mal interpretada pelo poder vigente." 

Em tempo.
Disse um dia, algures por 2007,  José Pacheco Pereira: “…os blogues serão apenas mais uma câmara de ressonância da pobreza da nossa vida cívica”. 
Passados cerca de 9 anos, olhando globalmente para a blogosfera figueirense, Pacheco Pereira continua a ter alguma razão. 
Contudo, não tem a razão toda. 
Mesmo a blogosfera figueirense acrescentou e mudou  qualquer coisa no debate dos problemas que afectam os nossos dias. 
Para o bem e para o mal, por aqui, resistem ainda alguns espaços pessoais. 
A importância que merecem da sociedade figueirense, é pessoal, e depende de opções e gostos. 
Salazar, se vivesse nos dias de hoje, mesmo que não conseguisse impedir esta modernice,  não teria paciência para estes perturbadores do porreirismo instalado. 
A Figueira política ainda é assim. Mesmo dentro dos partidos, quando não os deixam mandar, os dirigentes, borrifam-se para a estrutura partidária e vão dar uma volta...
Depois, é o habitual: ficam independentes. 
Os resultados são conhecidos. Há alguns exemplo por aí... 
É mal do sistema democrático? 
Se calhar é, mas não há outro melhor.
Escrito isto, acrescento que não tenho filiação partidária. 
Voto em quem me apetece. Mas nunca  me apeteceu votar em qualquer um. 

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

"Participar é preciso"...
blá...blá...blá...

"Conversa para boi dormir" (como dizem no Brasil).
"Dormir na forma" expressão utilizada na tropa.
O PSD ainda não entendeu de que estamos a falar?