Pedro Passos Coelho continua igual: "Maria Luís Albuquerque foi escolhida por ele próprio para vice-presidente do PSD".
Uns falam em "loucura". Outros em "teimosia". Alguns, consideram que Passos Coelho “está a provocar o partido, mas mais ainda o país”.
Pedro Passos Coelho gosta de fazer demonstrações destas.
Entretanto, segundo o Observador, "a entrada de Maria Luís Albuquerque para a comissão permanente de Pedro Passos Coelho, como vice-presidente do PSD, caiu mal em muitos dirigentes do partido..."
São poucos os congressistas, porém, que dão a cara por estas críticas.
José Eduardo Martins, que se assumiu como oposição interna, comentou com ironia: “Quem escolhe é o Pedro Passos Coelho. Ele escolheu, ele é o responsável”.
Ribau Esteves, presidente da câmara de Aveiro, é mais directo: “Não acho uma boa solução, mas respeito o líder”.
Muitos outros consideram que se manifestou, mais uma vez, a proverbial tendência de Passos Coelho para a teimosia.
“É a cara do Passos. Quanto mais batem numa pessoa, mais ele a segura”.
É o que o leva a tomar decisões como esta, fazendo o contrário do que seria politicamente correto.
“É uma loucura”, comenta-se em surdina nos corredores do Congresso.
“A malta acha que não havia necessidade de fazer isto”.
Livra: pior do que um ex primeiro-ministro teimoso, só um candidato a primeiro-ministro teimosamente incompetente, ainda por cima birrento!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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