"Transporte ilegal de emigrantes: do perigo de vida ao contrabando", uma história que envolve "veículos sem condições mínimas, falta de seguros, contrabando de produtos alimentares e outros e, acima de tudo, falta de fiscalização. Tudo parece valer no mundo do transporte ilegal de emigrantes entre Portugal e a Suíça."
De vez em quando há um acidente. As pessoas comentam, os familiares choram, mas ninguém faz nada para acabar com esta roleta russa que é o negócio das viagens dos emigrantes transportados ilegalmente.
São coisas que toda a gente sabe, mas, salvo raras excepções, prefere ignorar...
“O que se passa é uma vergonha. É tudo feito à descarada e ninguém faz nada”...
A ler no jornal Público.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário