quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Porque a memória costuma ser curta...

... fica uma curta reflexão sobre as pensões.

"O governo PSD/CDS-PP fez opções políticas que tiveram impacto significativo sobre as pensões dos portugueses que, na maioria dos casos, descontaram uma vida inteira para verem ser-lhes retirado o que era seu por direito. O PS, em campanha, prometeu mais do que agora está a dar, é certo, mas entre um aumento de meia-dúzia de tostões e o corte de 600 milhões de euros que o anterior governo se preparava para aplicar, quer-me parecer que a maioria dos portugueses preferirá a primeira opção. E não deixa de ser curioso que aqueles que ontem procuravam aumentar ainda mais os cortes sobre as pensões venham agora falar em justiça social e hipocrisia
Que grande lata!"

Em tempo.

Porque a memória costuma ser curta, recorde-se que o PPD/PSD até já foi do tempo em que a "SOCIAL-DEMOCRACIA QUE DEFENDIA VISAVA A CONSTRUÇÃO IRREVERSÍVEL DO SOCIALISMO"!
Hoje é difícil perceber o que realmente será. 
Nuns dias é liberal, noutros vive pendurado na manjedoura estatal, por vezes e conservador e quando a coisa corre mal abre uma gaveta na São Caetano, sacode o pó e tira de lá a social-democracia. 
Tem dias em que é mais troikista do que a Troika mas se as eleições estiverem à porta corre a distribuir aumentos e nomeações na função pública. 
Em campanha compromete-se a não aumentar impostos, chegado ao poder impõe um brutal aumento da carga fiscal e, regressado à oposição, indigna-se com todo e qualquer aumento de impostos. 
As contradições, tal como as orientações ideológicas, multiplicam-se e a indefinição é absoluta. 
Alguém me explica que PSD é este?

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

Curiosa capa do jornal do PPD.
Memórias!
Um saudoso Jorge Sá Borges, nome que nos dias de hoje já não diz nada aos portugueses, foi um militante católico que se destacou na crise académica de 1962.
Advogado de profissão, fundou o PPD, de que viria a afastar-se. Integra a primeira Comissão Política do partido, formada em 24 de Junho de 1974, ao lado, entre outros, de Francisco Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Miguel Veiga e Mota Pinto. Abandona o partido, no mês de Dezembro do ano seguinte, em ruptura com Sá Carneiro, vindo a criar a Associação Democrata Independente (ASDI), com Magalhães Mota e Sousa Franco.
Foi ministro e secretário de Estado nos tempos dos Governos provisórios.
Foi um homem justo e lutador por uma sociedade social-democrata.
Curiosa capa do jornal.
Memórias…