Há umas poucas semanas, apenas, quando se discutia o programa da coligação PSD/CDS-PP, que estava garantido que seria chumbado, a direita parlamentar fez uma algazarra dos diabos, por António Costa não ter participado no primeiro dia de debate, o que fez no segundo.
Acusaram o actual primeiro-ministro de tudo: até de cobardia e de fugir ao confronto de ideias.
Ontem, no primeiro dos dois dias em que se discute o programa do PS apoiado pelos partidos de esquerda, procurei estar o mais atento que me possível, só para ouvir as intervenções de Passos Coelho e Paulo Portas...
Não sei o que se passou, mas não consegui: será que também se remeteram, "cobardemente", tal como os "Pafiosos" tinham acusado o Costa, ao silêncio, fugindo ao confronto de ideias, para se resguardarem para considerações finais no segundo dia?..
Ao Pedro ainda o apanhei a rir...
Se alguém me souber dizer alguma coisa sobre o que aconteceu, desde já, agradeço...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Senhor ninguém ouve os meus passos para além de me darem uma martelada todos em bloco ainda me fecharam as portas.
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