Lido no DN: "Banqueiros a uma só voz: Portugal tem de respeitar compromissos".
Senhor Presidente Cavaco Silva: "Chamar os banqueiros para serem ouvidos, em nome do povo português, é uma ofensa inqualificável."
Primeiro.
"Que é que um banqueiro, qualquer que ele seja, tem hoje a dizer ao povo português, tem a dizer a qualquer europeu? Só pode dizer: «Peço muita desculpa pelos inúmeros sacrifícios que a minha ganância vos fez passar»."
Depois.
"É que os portugueses, com excepção de meia dúzia, não foram brindados pelos banqueiros com a compra de acções pelo dobro ou triplo do preço por que tinham sido adquiridas…"
As audiências de Cavaco constituem, não só, "um exercício inútil e desnecessário", como fazem parte da estratégia de Cavaco e do PàF em levar a água ao seu moinho.
Vejamos.
O visto do Tribunal de Contas (TdC) que irá permitir à Avanza assegurar a subconcessão do Metropolitano de Lisboa e Carris deverá «sair nos próximos dias», revelou à Transportes em Revista fonte ligada ao processo.
Recorde-se que a Avanza e o Governo assinaram o respectivo contrato de subconcessão no passado dia 23 de setembro, ficando a decisão final dependente do visto prévio do TdC, que tinha 30 dias úteis para dar ou recusar o visto.
A estratégia está à vista.
A TAP já se foi. Quando as outras se tiverem ido também, o senhor já pode tomar a resolução que quiser.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Como diria Bertolt Brecht: "... sem estes governantes o trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima!"
Pior que Américo Tomaz só Cavaco!
Este sr bem podia ter sido ministro do Estado Novo, mas a Democracia deu-lhe uma "boleia" social.
Tiraram o homem de Boliqueime mas Boliqueime nunca saiu do homem.
Tudo muito pequeno e tacanho!
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