terça-feira, 24 de novembro de 2015

Protecção Civil figueirense: “Não há razões para temer algum factor de menos segurança”, dissse João Ataíde. Registe-se a garantia do presidente da câmara sobre o assunto...

O presidente da Câmara da Figueira da Foz pronunciou-se, ontem, sobre as críticas da Concelhia do PSD sobre a ausência de reuniões da Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) nos últimos dois anos (ver aqui).
Segundo AS BEIRAS, João Ataíde levou o assunto à reunião de câmara “para serenar alguns mal-entendidos sobre esta matéria”.
“Foi referido que não houve reuniões”, por várias razões, sobretudo por ainda não haver Plano Municipal de Segurança e Protecção Civil, concluído em setembro e entretanto homologado, introduziu o autarca.
“Podia ter-se reunido, mesmo sem o plano”, reconheceu. Não obstante, salvaguardou: “para que fique claro, não houve descuido”.
Abro aqui um parênteses para recordar uma passagem do comunicado do PSD figueirense: "em reunião de Câmara o Sr. Presidente respondendo ao Vereador do PSD Miguel Almeida, informou que “a última reunião do Conselho Municipal de Protecção Civil se tinha realizado há 2 anos” justificando-se que tal só sucedia “porque estava à espera (há 2 anos!!!) da elaboração do Plano Municipal de Emergência”. Perante tal afirmação pública questionou a Deputada Municipal do PSD, Ana Oliveira, os serviços competentes sobre esta temática tendo obtido a resposta, “a última reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil tinha ocorrido em Novembro de 2011” ou seja há 4 anos!!! e não 2 como o Sr. Presidente afirmara."
Convenhamos senhor presidente: para compreender um lapso de 2 anos, "se não houve descuido", houve, pelo menos, problema com a contagem da passagem do tempo... 
O que é perfeitamente compreensível. A mim, por exemplo, aconteceu-me um dia destes o seguinte: há tanto tempo que já não ia ao cinema que ainda nem tinha visto que o Casino da Figueira tinha encerrado as salas...
O que é obra.

Mas continuando.
João Ataíde afiançou que se realizaram várias reuniões para a definição dos diversos planos de emergência, criados planos para todas as escolas e outras intervenções. Sobre a prevenção de incêndios florestais:  houve reuniões semestrais. Por outro lado, e foram feitas “reuniões sistemáticas” com outros agentes da Protecção Civil.
“Houve, também, uma grande preocupação em dotar os Bombeiros Municipais com meios necessários”.
 “Não houve reuniões [da CMPC], mas estabeleceram-se, pontual e individualmente, planos de acção” com todos os intervenientes.
João Ataíde aproveitou para sublinhar que a Figueira da Foz é um dos poucos municípios do país com Plano Municipal de Segurança. Entretanto, adiantou o autarca socialista, as reuniões da CMPC vão ser retomadas.
Abro o segundo parênteses para tranquilizar o senhor presidente Ataíde. 
Por mim não haverá problema: nasci no tempo da escassez, sou um “baby boomer”. 
Para quem não sabe, eu explico: nasci poucos anos a seguir à segunda Grande Guerra Mundial.

A terminar: recorde-se que os vereadores PSD  abordaram o assunto na sequência do naufrágio do arrastão “Olívia Ribau”, no dia 4 de outubro último, com cinco pescadores mortos.
“Quando se levantou aqui a questão, foi pela estranheza de um órgão como este estar tanto tempo sem se reunir. Nunca houve a intenção de apontar uma quebra grave da protecção civil”, esclareceu  o vereador do PSD João Armando Gonçalves.
Será que este filme vai terminar aqui?

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