Não sou anti-anónimo.
Os anónimos é que são anti-gajos que gostam de assumir responsabilidades.
Devido aos anos que ando pela vida, já me vou habituando a que me considerem um pouco polémico.
Escrito isto, não tenho motivo algum para recear críticas por manifestar o que sinto - venham elas de onde vierem.
Apenas faço um pedido: assinem e terão as vossas obras primas publicadas no espaço de comentário deste Outra Margem.
Assim, anónimos, não obrigado!.. Para esse peditório já dei o que tinha a dar...
Já cá ando há tempo suficiente para saber o seguinte: ninguém que se julga com poder - desde o presidente da junta, ao vereador, ao presidente de câmara, ao secretário de estado, ao ministro, ao primeiro-ministro, ao presidente da república, isto na vida pública, porque nas empresas é a mesmíssima coisa... - gosta da democracia, porque sabe que só a democracia me dá a mim, vulgar cidadão, sem poder político ou económico, o direito e a possibilidade de derrubar alguém que se julga com poder...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Muito bem!
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