"Diário de Coimbra e o actual momento político".
A nossa informação, está pelas ruas da amargura.
Jornais, rádios e televisões, renderam-se ao magnífico chefe.
O absolutismo democrático reinante, a falta de liquidez e a necessidade de manter os empregos, transformaram jornalistas em animadores e aprendizes em abrilhantadores.
Continua por resolver o problema da blogoesfera.
A resposta ao "jornalismo" do grupo Diário de Coimbra está aqui.
Limito-me a sublinhar.
"Não deixa de ser curioso que os jornais deste grupo declarem o combate a um governo. Tanto mais a um governo que ainda não existe e não se sabe se existirá. Mas percebemos que esse combate não é só de amanhã, mas foi e é o seu combate de todos os dias. Percebem-se assim as suas opções editoriais…
O editorial assinado pelo director finge-se preocupado com a democracia, mas duvido que o editorial tenha sido votado ou sequer discutido com os jornalistas. Certamente baseia-se na capacidade do proprietário em decidir."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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