Ontem, por culpa e deficiências próprias deixou Costa dar-lhe um sova em público.
Não foi ingenuidade.
Ingenuidade é uma palermice, um crer excessivo no que posteriormente nos engana, no fundo uma fraqueza - e Passos Coelho não é ingénuo.
A coça que Passos Coelho levou ("primeiro, de si próprio, porque medíocre. Segundo, de si próprio, porque sonso - inventando um adversário que não o que tinha à frente. E, terceiro, de si próprio, porque manifestamente inferior a António Costa."), justifica em parte o penoso caminho que os portugueses percorreram nos últimos 4 anos.
A vida, porém, pode sempre alterar-se para onde nós queremos, como queremos e sempre que queremos.
Estamos onde estamos porque os portugueses há muito que fizeram essa opção. E não foi por ingenuidade.
Ingénuo sou eu, que continuo a acreditar, a sonhar. Por isso, tentar alterar rotas, rumos e escolhas, nunca deixou de ser uma opção na minha vida.
Todavia, essa opção só pode funcionar no que depende de mim, portanto, é circunscrita, nunca totalmente livre.
Por isso percebo os passos curtos do Passos - e de tantos jotas como ele - disso depende a vida que conseguiu, que lhe tem sugado o corpo e a alma.
A vida dos jotas é assim: suga menos os apagados, os preguiçosos, os irresponsáveis, para se alimentar dos oportunistas, dos espertos, dos gulosos, dos ávidos de poder, que respondem e se responsabilizam pela categoria que tão bem representam.
A realidade, ontem, ficou à vista de todos: Passos Coelho não sabe mais.
Por isso, evitou o debate a quatro. Por isso, fugiu de Ricardo Araújo Pereira. Por isso, levou uma sova no debate com Costa.
Sem assessores, sem propaganda e Marias Luz, Pedro Passos Coelho é apenas mais um jota. E, por sinal e ainda por cima, nem é dos melhores...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
"Os anos que temos pela frente são anos em que a solidariedade tem ainda uma resposta importante a dar, será uma resposta diferente daquela que tivemos nos anos de maiores dificuldades", disse Pedro Passos Coelho, durante a cerimónia em que recebeu uma condecoração da Confederação Internacional das Misericórdias. - TSF on line
Condecoração das Misericórdias?
Haja piedade.....!!!!
A mentira e o ultraje, compensam?
A humilhação dos idosos e pensionistas dá entrada no Paraíso?
Por favor, STOP!!!!!!!!!
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