"Ideias que não alimento".
Em tempo.
O amor não resolve nada, porque é pessoal.
Por isso, não transcende para o colectivo.
Contudo, andamos há mais de dois mil anos a dizer que é importante amarmos uns aos outros...
Serviu de alguma coisa? O mundo está melhor?
Nesta sociedade, amor é pagares as contas todas?..
Isso, porém, não é amor: é estupidez.
Recordo as palavras sábias de Mia Couto.
"A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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