quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sem medo e “num colchão de sumaúma, você (mesmo aos 61) dá duas que parecem uma”...

Ontem à noite, na televisão, um conhecido advogado falou do medo...
Hoje à tarde, na televisão, um conhecido apresentador falou do medo...
Durante a vida muitos quiseram meter-me medo...
Neste momento, em Portugal, o medo está a tornar-se em mais do que uma obsessão: reina.
Alexandre O'Neill, o Poeta, ensina melhor o que é o medo do que os psicólogos (Poemas com endereço,  1962).
Entre a rotina do dia-a-dia e o medo de viver a Liberdade, na minha vida tem havido a poesia de Alexandre O’Neill.

Perfilados de medo , agradecemos
o medo que nos salva da loucura. 
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura.

É isto mesmo que o controlo provocado pelo medo nos oferece: uma vida sem viver.
É essa vida que eu tenho recusado durante a vida toda. Que já vai longa.
Há muito que aprendi uma coisa: quem vive com medo, no final, até a  segurança não passa apenas de um verniz fino...

1 comentário:

Anónimo disse...

"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito", escreveu Eça nas "Farpas", em 1872.
Fora do contexto, até pode parecer que foi pensado para os dias de hoje!!!