sexta-feira, 17 de abril de 2015

Esta vida de candidato a candidato presidencial devia dar para pensar uma coisa simples: que é que eu ando aqui a fazer? A vida não pode ser apenas isto...

“Porque será que a imprensa portuguesa noticia todas as candidaturas possíveis e imaginárias à Presidência da República e, salvo raras e honrosas excepções, omite o meu projecto de candidatura, que foi, recorde-se o primeiro ser apresentado (Julho de 2014)?
A resposta é simples: sou uma voz incómoda para as sociedades secretas e grupos de pressão que têm a pretensão de dominar este País e este Povo...

... O meu projecto de candidatura a Presidente da República está a ser levado muito a sério e quando os portugueses despertarem para a sua existência e concluírem que têm em mim um aliado então tudo poderá acontecer .

A condição de candidato marginalizado pela dita comunicação social até tem dado algum jeito, pois tem permitido que me apresente nessa qualidade aos eleitores com quem contacto directamente .” 

1 comentário:

A Arte de Furtar disse...

Memórias, não presidenciais!

Completam-se hoje 46 anos do dia em que a Academia de Coimbra se ergueu contra a Ditadura.

Na manhã de 17 de Abril de 1969, por ocasião da inauguração do Edifício da Matemática. Vieram a Coimbra os Ministros das Obras Públicas, da Educação (o Prof. Hermano Saraiva) e o então Presidente da República, Almirante Américo Tomás. Em determinado momento, Alberto Martins, Presidente da AAC pede a palavra ao Presidente da República, com uma pergunta que calou a sala:
«Sua Ex.ª, Senhor Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?»

17 de Abril 1969 foi um marco inesquecível é incontornável na luta estudantil e na luta contra o regime fascista que desembocou no também inolvidável dia 25 de Abril.
Foi um confronto com o fascismo no qual se formou toda uma geração de líderes políticos e intelectuais que no pós-25 de Abril viriam a ter papel destacado (Alberto Martins, Barros Moura, Celso Cruzeiro, António Marinho, entre muitos outros). E no qual a dinâmica colectiva gerou um movimento muito mais rico e criativo do que as vanguardas politizadas algumas vez teriam, por si sós, sido capazes de impulsionar.

Com a crise de 1969 aprendemos a escutar as conversas dos irmãos, mais velhos, com os amigos e as suas ideias; aprendemos a participar numa manifestação; aprendemos a sintonizar a rádio “Voz da Liberdade”; aprendemos que há uma palavra única nas nossas vidas: liberdade!

Com a crise académica de 1969,foi o primeiro momento da minha vida juventude em que assisti ao confronto de ideais políticos: de um lado o Futuro, do outro o Passado. De um lado a acção utópica por uma sociedade mais justa. Do outro, o pragmatismo caduco das injustiças totalitárias. De um lado o sonho e do outro a arrogância. O Futuro enfrentando o Passado.

Que resta de nós?