“O embaixador do
Japão em Portugal anunciou, um dia destes, que vai convidar
empresas do seu país a
visitarem a Figueira da Foz,
a fim de conhecerem as suas
potencialidades e eventuais
oportunidades de negócio.
Hiroshi Azuma lembrou, por
outro lado, que uma firma
nipónica já tem interesses na
cidade, através da Marubeni,
que adquiriu a portuguesa
AGS e, por esta via, ficou com
40 por cento do grupo da
concessionária Águas da Figueira.
Hiroshi Azuma aludiu
ainda às relações históricas
entre os japoneses e os portugueses.
De resto, salientou,
os lusos foram os primeiros
europeus a contactarem com
o Império do Sol Nascente.
A propósito, o historiador
Alfredo Pinheiro Marques,
que se encontrava entre os
convidados na recepção que
João Ataíde fez ao visitante
no salão nobre da câmara,
usou da palavra para sustentar
que o primeiro navegante
português a chegar ao
Japão, Fernão Mendes Pinto,
partiu da Figueira da Foz.”
AS BEIRAS
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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