segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

E foi assim que, de porreirismo em porreirismo, caímos neste atoleiro cheio de gajos porreiros...


"Os homens do aparelho fazem sempre as mesmas perguntas: quem é que eu devo apoiar para manter o lugar que tenho (deputado, vereador, assessor, gestor, etc.); quem é que devo apoiar para ter o lugar que quero (no partido, na administração, na autarquia, no governo, etc.), quem é meu “amigo”, quem é o meu “inimigo”, quem é que parece mais capaz para defender os interesses do meu grupo, da minha estrutura, A mim e aos “meus”, amigos, amantes, família, companheiros fiéis, parceiros de negócio. Quem perturba esta lógica, é atirado para as trevas exteriores, seja qual for a sua mais-valia social. Quem não a põe em causa, mesmo que seja um absoluto medíocre, está em casa. Uma vez entrado no sistema, fica lá sempre se se comportar como se espera, se for “confiável”, se não fizer ondas, se mostrar a camisola, se reagir pavlovianamente a tudo o que afecte os interesses do aparelho. 
É assim que se fazem as carreiras, é assim que tudo se move. É assim que estamos."
Isto tem nome: é a "A PARTIDOCRACIA NO SEU ESPLENDOR"…

1 comentário:

A Arte de Roubar disse...

“Este ministro é um mentiroso

que agonia quando ele discursa

e se fosse só isso: bale sem jeito

às meias horas seguidas – e não pára!


bem-aventurados os duros de ouvido

a quem o céu abrirá as portas

desliguem p.f. o microfone

ou então tirem o país da ficha”

Fernando Assis Pacheco
"Este ministro é um mentiroso"- Do livro "Respiração Assistida" - 2003