«Quem gere
os destinos do município,
tem de ir à procura de bons
eventos para o resto do ano
e não se pode contentar com
um mês de maior ocupação.
Mas a fasquia está tão baixa,
que já nos contentamos com
pouco. É preciso contenção,
mas mais arrojo. É preciso ir
à procura de parcerias, reunir
vontades e não nos bastarmos
com o poucochinho.
Não chega falar de contenção,
porque “quando
se navega sem destino,
nenhum vento é favorável”. E
o problema está exactamente
em saber qual é o destino
que se quer, qual o rumo que
se pretende, qual o projecto
que se tem.»
Miguel Almeida, antigo vereador executivo do PSD, no mandato de Santana Lopes, e actual vereador da oposição, na crónica de hoje no jornal AS BEIRAS.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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