Ricardo Salgado está no Parlamento para "defender a honra".
Faz muito bem, pois "quando morre, um homem deixa a sua reputação".
Todavia, ao contrário dele, preocupo-me mais com a minha consciência do que com a minha reputação.
A minha consciência é o que sou.
A minha reputação é o que os outros pensam de mim.
E o que os outros pensam de mim, sinceramente, é problema deles...
Tenho estado esta manhã a ouvir as explicações de Ricardo Salgado na Assembleia da República...
A lábia não serve apenas para expressar a realidade.
Transforma-a.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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