António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
O problema da Figueira...
O problema da Figueira, não é o orçamento para 2015 e a sua circunstância.
O problema da Figueira vem de trás...
Nessa altura, a caravana passou e os cães aplaudiram.
O verdadeiro problema da Figueira, é que nada mudou...
A caravana continua a passar e os cães continuam a aplaudir.
O problema da Figueira, é que somos um concelho constituído, na grande maioria, por indiferentes e resignados.
Portanto, somos governados com a indiferença que merecemos.
É este o preço que andamos a pagar há décadas.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que o concelho decida o verdadeiramente importante em reuniões à porta fechada.
É este o preço que vamos continuar a pagar, enquanto permitirmos, com toda a indiferença, que exista um hospital dentro de um parque de estacionamento.
Os programas eleitorais dos partidos, servem só para enganar eleitores antes das eleições...
Programas eleitorais, aliás, é o que mais fácil de fazer existe.
Passam os anos, passam as eleições e os eleitores continuam a cair como patinhos.
Na Figueira, nem foi preciso arranjar alguém com a voz bem colocada.
Aos eleitores locais bastou um sorriso empático...
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