segunda-feira, 14 de julho de 2014

Um “olhar” breve para o PSD-Figueira

Uma foto esclarecedora de finais de maio passado, sacada daqui
Tentar, no tempo que passa, "olhar" para o PSD figueirense é um desafio complexo.
Depois do desvario atingido no fim do ciclo Lídio/Almeida, estou em crer que, desse partido a nível local, resta, para já, um amontoado de escombros. 
A circunstância de a liderança, a seguir, ter sido ter sido disputada por Teo Cavaco e por Manuel Domingues, com a vitória esmagadora do segundo, nas circunstâncias em que aconteceu, foi suficientemente esclarecedora.
O anúncio da candidatura de Domingues foi feito poucos dias antes das eleições, realizadas em maio. “A coisa não estava bem e decidi avançar, após ouvir vários militantes, que quase me obrigaram a avançar”, disse Manuel Domingues, no programa “Câmara oculta”, da Foz do Mondego Rádio.
Aliás, no mesmo programa, Manuel Domingues traçou como prioridade do PSD local o regresso às bases, para reconquistar os militantes que se afastaram do PSD, pois reconhece que “o partido estava numa situação difícil. (…) Há necessidade de revitalizar o partido”, como pode ler-se hoje no jornal AS BEIRAS, em nota onde dá conta de alguns pontos desta entrevista do presidente da concelhia do PSD à rádio figueirense.
Miguel Almeida já percebeu o tremendo equívoco e enorme confusão que deve grassar lá pelo seu partido a nível local. 
Espero, sinceramente, para bem do concelho, que continue por estes lados a tentar "ensinar" e a fazer aquilo que ele sabe fazer melhor que ninguém na Figueira: oposição
Como facilmente dá conta quem estiver minimamente atento ao que se passa na Figueira, o "tempo" da política de hoje é condescendente para com os seus piores servidores. 
De besta a bestial e de bestial a besta, pode ser apenas a distância de um editorial hebdomadário, como aliás reconhece o próprio Miguel Almeida, na sua habitual crónica das segundas-feiras no jornal AS BEIRAS.
Em Portugal é muito fácil alguém passar de bestial a besta, e vice-versa.
Na política, então, ninguém pode assumir que tem estatuto vitalício de “besta” ou de “bestial”. Basta, em determinado momento, a “clientela” não ser servida, para que se deixe de ser “bestial”.
Mas, ainda assim, vale a pena convocar todos para uma reflexão sobre o papel de cada um na vida em sociedade e para a forma como todos nos devemos relacionar com os actores políticos. Sou dos que acredita que a razão e a verdade vencem sempre, ainda que seja necessário lutar contra tantos. Bem sei que sou um optimista, serei por isso uma “besta”?

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