quarta-feira, 16 de julho de 2014

O sistema vai rebentar na Aldeia?...

foto sacada daqui
Se quisermos entender como o sistema funcionou, do ponto de vista político, temos de dar uma vista de olhos aos últimos 15 anos da vida na Aldeia.
O chefe do partido determinou, nesses anos, quem ocupava os cargos, os lugares cimeiros das listas eleitorais, os postos das chefias, os tachos e os lugares de destaque na Aldeia: esses, eram os eleitos locais....
Dos seus cargos dependiam, por seu lado, as redes de cargos e de tachos, cujos detentores, os condes, margraves, condes imperiais, landgraves, tinham, por seu lado, cargos a atribuir.
Quem teve a maior probabilidade de alcançar um posto alto, teve o maior séquito.
Este, por seu lado, apoia-o porque espera obter, em troca, um rico saque em termos de cargos, isto é, feudos, isto é, tachos.
Isto fucionou assim: só aqueles que, devido à sua capacidade, à sua audácia, ao seu bom nome junto do senhor supremo, tiiveram as maiores perspectivas de poder ter cargos na Aldeia...
Na condição, claro, de guardarem total lealdade ao chefe.
Esta teia de relações funciona sempre em circuito fechado.
Quem tem feudos a conceder, tem vassalos, e quem tem vassalos é o primeiro a ter acesso aos cargos.
No entanto, o mesmo circuito fechado também actua ao contrário, quando o imprevisível trai o homem do topo.
É precisamente por isso que, na Idade Média, que é onde vegetou a Aldeia nos últimos 15 anos, se apelava tanto à fidelidade.
A concorrência entre os legítimos e os hábeis foi constante.
Isso, aliás, fez da Idade Média a época das querelas partidárias.
O programa do partido reduzia-se, invariavelmente, ao homem do topo, ao cabecilha de uma teia de influências...

Em tempo.
Esta, é uma «estória» de ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. 

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