sexta-feira, 6 de junho de 2014

Número sete

O nosso Portugal, é cada vez mais o Portugal dos milhões de patrocínio para o futebol e dos tostões para “as artes.
Sobre a cultura em geral- a literatura, pintura, teatro e cinema - não temos uma tradição literária. 
Quem sabe, hoje , por exemplo, quem é o Garrett?..
Alguém conhece Pascoaes?..
Quem conhece hoje o Camões ou o Padre António Vieira, de os ter lido, não de ouvir falar?.. 
E a literatura ainda não é do pior...
Se formos para a música e a pintura, tudo piora...
Podíamos referir o teatro e o cinema.
A política de cultura em Portugal tem um efeito altamente nocivo: o de manter a ilusão de que as coisas que por aí se fazem têm eficácia.
Verifique-se o que se passa na nossa cidade, a Figueira da Foz: temos um vereador azougado e está  a criar-se a ficção de que existe uma política cultural no nosso concelho.
Se a realidade fosse essa, mas, sobretudo se a realidade cultural fosse diferente, não estávamos como estamos. 
Como é que do vazio cultural pode sair alguma coisa?
Na Figueira e em Portugal...
Na Figueira, se existem tostões para a cultura, para o futebol existem cêntimos. 
Estou a referir-me aos Clubes das Aldeias...

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