terça-feira, 17 de junho de 2014

Medalhas e diplomas do 24 de junho e a homenagem que falta fazer ao Capitão João Pereira Mano

De harmonia com uma notícia do jornal AS Beiras, a Câmara Municipal da Figueira da Foz vai distinguir, no Dia da Cidade,  os casos de sucesso empresarial (PME Excelência e PME Líder) no ano 2013, atribuindo um total de 57 diplomas de reconhecimento. A autarquia irá atribuir, ainda, medalhas a personalidades e aos funcionários municipais aposentados. Desta forma, Luís Pinto, Heitor Chichorro e Conceição Ruivo receberão a medalha de mérito cultural.
A cerimónia de entrega das distinções honoríficas realiza-se, pelas 11H30, no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. 
A título póstumo, serão também distinguidos com a medalha de mérito cultural Alfredo Paredes e João Pereira Mano.
João Pereira Mano, nasceu  na  Gala, então freguesia de Lavos, concelho da Figueira da Foz, em 2 de Setembro de 1914.  Faleceu em Lisboa. Os restos mortais do Capitão João Pereira Mano, repousam desde a tarde do dia 10 de agosto de 2012, uma sexta feira, no cemitério de Lavos.
Os velhos morrem. Os novos (ainda) não sabem de nada.
Essa ignorância é sabiamente organizada, e semeada, nas entidades oficiais para isso próprias: "as escolas", as "instituições de cultura" e "a comunidade científica".
Os livros do Capitão João Pereira Mano (1914-2012) — "Terras do Mar Salgado: São Julião da Figueira da Foz - São Pedro da Cova-Gala - Buarcos - Costa de Lavos e Leirosa..." (1997) e "Lavos: Nove Séculos de História" (2000) — são as melhores obras que, desde sempre, foram escritas e publicadas sobre a História Marítima e Local da Figueira da Foz (Portugal).
Por isso, a mais digna, a mais útil e mais adequada de todas as Homenagens que poderiam ser prestadas a este autor falecido em 07.08.2012 — um autor que nos dias da sua vida foi não somente o maior e o mais prestigiado de todos os capitães da Marinha Mercante da Figueira da Foz (condecorado em 1973 com a Medalha Naval de Vasco da Gama da Marinha Portuguesa) mas também o maior e o mais importante de todos os especialistas da História Marítima Figueirense (sem que, para isso, tenha precisado de ter sido licenciado ou doutorado em qualquer espécie de universidade) — é a rápida reedição facsimilada dos seus livros, os quais, desde há muitos anos, estão totalmente esgotados, e por isso há muito deixaram de ser acessíveis ao grande público.
Essa reedição será agora muito fácil e muito barata, pois, pela parte do editor, sem fins lucrativos, CEMAR-Centro de Estudos do Mar, tal como sempre, não pretende receber nem um só cêntimo de dinheiro público.
Pela parte da impressora original, a Tipografia Cruz & Cardoso, casa de tão grandes tradições na História Cultural da cidade da Figueira da Foz, tanto quanto sabemos, existem ainda hoje em dia lá conservados os materiais originais da impressão, e portanto poderá ser feita uma reimpressão a qualquer momento, com toda a facilidade, para que, assim, possam voltar aos olhos do público os melhores, os mais importantes e rigorosos, os mais bem fundamentados e documentados, e os mais bem escritos, de todos os textos alguma vez publicados sobre a História Marítima e Local da Figueira da Foz e das regiões vizinhas do sul da Foz do Mondego. 

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