"Desta vez, o PCP ganhou mesmo. Não foi preciso aquela retórica oficial, tão típica de noites que correm mal, porque desta vez correu muito bem. E não foi por acaso: o PCP foi o único partido que soube aproveitar a austeridade violenta, o desemprego elevado e o desencanto geral. Manteve o discurso mas não se ficou por aí, ao contrário do Bloco de Esquerda. Percebeu que ia ser beneficiado, mas soube unir-se, ao contrário do PS. Renovou rostos no parlamento, mudou a liderança da CGTP, criou um cabeça de lista nas europeias e tomou conta dos protestos de rua, pondo o "Que se lixe a troika" no bolso em poucos meses."
Nota de rodapé.
Aviso desde já, que se clicarem aqui, podem ler o resto e verificar que não estou a citar o jornal Avante...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Uma vitória e um trabalho á PCP
Abraço camarada
Mesmo sem clicar é fácil verificar que não é o Avante!.
Eu costumo lê-lo e lá não se lêem baboseiras.
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