“A Figueira da Foz tem motivos para se orgulhar do seu movimento associativo popular, sobretudo porque a sua qualidade e quantidade denotam a existência de uma sociedade civil forte e ancorada
na cultura. As coletividades são uma emanação do poder das populações e visam satisfazer os seus interesses; devem procurar, pois, nesse terreno, os seus meios e recursos, o que não significa que, de uma forma transparente e objetiva, a administração pública não as apoie.
Felizmente passaram os tempos em que o associativismo era campo de manobra política e em que o cheque levado no bolso ditava preferências e oportunismos. As associações estão a descobrir a sua força e as que sobreviverem a estes tempos ficarão como faróis a iluminar as que vierem.”
Vereador António Tavares, na sua já habitual crónica das terças-feiras no jornal AS BEIRAS.
"Não calcula o tempo que demoro a escrever aquela merda com 1400 caracteres. Leio aquilo tantas vezes... Volto atrás e vou para a frente. Só a trabalheira de arranjar assunto. Eu espontaneamente só tenho opinião uma vez por ano, agora tenho de ter todos os dias porque ganho a vida assim", disse um dia Manuel António Pina ao jornal i.
Ao contrário de Manuel António Pina, não tenho opinião apenas uma vez por ano.
Todavia, também não a tenho todos os dias.
Diga-se, em abono da verdade, quando se tem um blogue, onde é suposto ter opinião, que tal pode constituir uma atrapalhação...
Conheci, em tempos recuados, a opinião do António Tavares sobre as colectividades.
Fiquei a conhecer, a partir de ontem, a opinião do vereador Tavares sobre as coletividades...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário