quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Querem saber porque é que eu nunca tive dúvidas da derrota do Miguel Almeida?..

foto sacada daqui
Álvaro Cunhal dedicou toda a sua vida ao ideal e projecto comunista, à causa da classe operária e dos trabalhadores.
Por isso mesmo, foi – e ainda é, creio eu – o político mais odiado pela reacionária burguesia nacional.
E porquê?
Porque Álvaro Cunhal, provinha do seio dessa burguesia e aos olhos dessa gente, limitada culturalmente e invejosa,  por  ter uma dedicação sem limites aos interesses do povo português, da soberania e independência de Portugal.
Miguel Almeida, provem de uma família humilde.
Ao ter optado, há longos anos,  por militar num partido de direita – neste momento, com uma prática ultra neo-liberal  - e ter tentado camuflar isso com um saco de gatos chamado “Somos Figueira”, onde poderia caber tudo e todos, aos olhos dos figueirenses, em geral,  Miguel Almeida cometeu uma dupla traição:
1. Para os pé-rapados, como eu, Miguel Almeida nunca poderia ter o meu voto, pois estava a trair as pessoas e o povo de onde provinha;
2. Para a burguesia figueirense, Miguel Almeida não era merecedor do seu voto e da sua confiança, precisamente por ser um traidor da sua verdadeira classe de origem. Por isso, nunca estiveram incondicionalmente com ele.
Estão a ver, porque é que eu nunca tive dúvidas da derrota de Miguel Almeida nas eleições autárquicas de 2013.

(Como escrevi em  22 de Agosto deste ano (a mais de um mês da realização do acto eleitoral, que confirmou a minha profecia), a política faz-se com habilidade, mas com coerência. Por isso, não estou muito optimista com  o que vai resultar de útil do acto eleitoral de 29 de Setembro próximo para o concelho da Figueira
Uma coisa, porém,  dou como adquirida.
Até ele já sabe isso: Miguel Almeida é, desde já,  um candidato derrotado.
Só admitiria outro resultado se se verificasse uma das duas hipóteses, que são obviamente completamente inverosíméis:
1 - Os figueirenses desconheciam que havia outros candidatos...
2 - Os figueirenses  seriam os portugueses mais  burros...
Como não acreditava nisso, apesar de tudo, mantive-me sempre razoavelmente optimista...)

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