segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Ordenamento da orla costeira

foto Pedro Agostinho Cruz
No vídeo, que pode ver clicando aquiSérgio Barroso (CEDRU), coordenador da revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC Ovar - Marinha Grande), no passado dia 13.09.2013, no CEMAR (Figueira da Foz - Buarcos), manifesta a preocupação dos responsáveis desse plano com os riscos e a protecção das populações locais devido à erosão do litoral, e sobre a hipótese de uma solução (e a necessidade de, para tal, serem feitos estudos mais aprofundados) através de um "BY PASS" das areias.
Os trabalhos decorreram no Arquivo Biblioteca e Centro de Documentação do CEMAR-Centro de Estudos do Mar, onde teve lugar uma sessão de trabalho e filmagem para o canal de televisão franco-alemão ARTE (dir. Christina Dengen [MedienKontor]), com a participação de vários intervenientes ligados ao Património Natural e Ambiental, ao Surf, à Pesca, e à História e Cultura Marítima, das regiões portuguesas da Beira Litoral, Foz do Mondego, Mira, etc..,
Neste encontro, que o CEMAR teve muito gosto em albergar - no âmbito das suas colaborações especializadas, nesta área cultural e científica, com todas as entidades locais, nacionais e internacionais -, marcaram presença, nomeadamente, Sérgio Barroso (CEDRU), coordenador da revisão do POOC - Plano de Ordenamento da Orla Costeira de Ovar à Marinha Grande, José Vieira (pescador da Praia de Mira), presidente da Associação Portuguesa de Arte-Xávega, Miguel Figueira (O Mar à Cidade) e Eurico Gonçalves (SOS Cabedelo), surfistas e ambientalistas da Figueira da Foz, Rosa Amélia, figura da comunidade piscatória de Buarcos, Armando Caiano e outros elementos da companha do "Voz do Mar", "Barco-da-Arte" da Costa de Lavos (Figueira da Foz), Alfredo Pinheiro Marques (Centro de Estudos do Mar - CEMAR).
Os temas tratados foram, sobretudo, os sociais e históricos, das condições actuais, e das dificuldades, das comunidades dos pescadores dedicados à pesca de cerco e alar para terra (actualmente, em Portugal, designada legalmente como "Arte-Xávega"), ou os ambientais, das condições actuais, e das dificuldades, dos litorais arenosos onde na Beira Litoral são praticadas as actividades marítimas como o Surf ou a Arte-Xávega (as dificuldades devido à erosão do litoral e ao assoreamento que se estão a avolumar cada vez mais). Afigurou-se portanto agora muito interessante, e meritória, a oportunidade de contribuir para um espaço de diálogo, de reconhecimento mútuo, de troca de experiências, e de divulgação pública dos seus pontos de vista, entre quem planeia e ordena o "Mar Português" e quem o utiliza nas actividades de ondas (como são o Surf e a Arte-Xávega). E esse encontro e esse diálogo eram mais do que necessários, e já desde há muito desejados, e por isso fazem-se votos de que dele possam sair frutos para o futuro, e estas actividades venham a ser devidamente tidas em conta no Plano de Ordenamento da Orla Costeira, e soluções possam ser encontradas para a sustentabilidade dos litorais onde são praticadas.

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