Citando um grande pensador português, Agostinho Silva,
aqueles que “nada entenderam do passado, nada podem sonhar para o futuro”.
Em tempo.
Miguel Almeida, ontem, na apresentação pública da sua candidatura à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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